Review: After Forever (After Forever)


E ao quinto álbum de originais, os After Forever atingem aquilo que já se esperava: editam o seu trabalho pela gigantesca Nuclear Blast. E já se adivinhava porque o trajecto crescente da banda holandesa deixava antever que a independente holandesa Transmission Records já se tornara demasiado pequena para as ambições do colectivo. Neste álbum homónimo, os holandeses voltam a mostrar os seus atributos principais: mistura de metal gótico, sinfónico e progressivo, com este último a ganhar cada vez mais destaque como se comprova no longo épico Dreamflight. Em termos vocais, Floor Jansen está ao seu melhor nível, assumindo-se como uma das melhores vocalistas da actualidade. Da lista de convidados sobressai o guitarrista Jeff Waters (Annihilator) que em De-Energizer destila um solo soberbo naquele que é o tema mais forte do álbum com Sander Gommans a assumir uma posição cada vez mais rara nas composições do colectivo: as vocalizações extremas. Outro destaque, em termos de convidados, vai para a participação de Doro Pesch, num dueto com Jansen em Who I Am. De resto, os After Forever fazem aquilo a que já nos habituaram de uma forma um pouco melhor em relação ao último Remagine, mas, simultaneamente, sem atingirem o brilhantismo dos dois primeiros trabalhos, Decipher e Prison Of Desire. Todos os ingredientes estão lá, é certo, mas a sua mistura é que não funciona muito bem, em alguns temas. Destaques para o trio composto por Energize Me, Equallly Destructive e Withering Time, naquela que é a melhor sequência do álbum, para a balada Cry With A Smile, com uma das mais brilhantes prestações de Floor Jansen e para o encerramento com Empty Memories e o coro final de arrepiar. Pelo meio uma meia dúzia de temas (incluindo Dreamflight, que chega a parecer uma manta de retalhos) que não ultrapassam a categoria de interessantes.


Nota VN: 15,00 (49º)

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