Review: The Corruption Of Mercy (Sarah Jezebel Deva)

The Corruption Of Mercy (Sarah Jezebel Deva)
(2011, Listenable)

Sarah Jezebel Deva dispensa apresentações: a sua participação em mais de 35 discos de bandas como Cradle Of Filth, Therion, Mortiis, The Kovenant entre outras fazem desta senhora uma das mais importantes personagens femininas do metal. No entanto, viveu sempre na sombra dos nomes citados, até que em 2005, juntou forças com os manos Rhen e criou os Angtoria, cujo álbum God Has A Plan For Us All teve muito boa recetividade. Todavia, a chamada dos COF foi mais forte e infelizmente esse excelente projeto terminou pouco depois. Mas, em 2008, Sarah quis, de novo, apostar forte na sua carreira e lançou o trabalho A Sign Of Sublime, um trabalho que, independentemente da fraca promoção que teve, permitiu à vocalista fazer, pela primeira vez, uma tournée como frontwoman. Agora, de regresso à Listenable, onde já havia lançado com os Angtoria, surge The Corruption Of Mercy. Este é um trabalho que volta a acentuar a forte componente sinfónica já presente em God Has A Plan For Us All, adicionando, no entanto outras nuaces mais extremas, por um lado e mais teatrais, por outro. Mais extremas porque as faixas iniciais desenvolvem-se numa linha claramente death/black metal sinfónico, com bastbeats incluídos e com riffs poderosos. Mais teatral pela abordagem menos ortodoxa em termos de registo vocal e de corais, com especial enfâse em The World Won’t Hold Your Hand. A primeira fase do disco torna-se menos óbvia, mais complexa e com menos imediatismo, aproximando-se mais do trabalho dos Alas do que propriamente dos Angtoria. No entanto, a partir da versão de Zombie (que no tracklist aparece em sexto, mas no CD aparece em quinto), The Corruption Of Mercy acalma apresentando dois curtos momentos muito atmosféricos (o piano brilha supostamente – depois da citada troca torna-se difícil fazer o acerto - em Pretty With Effects, e a componente sinfónica em What Lies Before You) e começando, paulatinamente, a aproximar-se dos registos obtidos no seu anterior projeto. O melhor momento do álbum verifica-se em The Eyes That Lie, que, na sua complexidade, chega a aproximar-se do doom e que termina com um sensacional trabalho harmónico das guitarras. Esta acaba por ser, também, a melhor fase de um disco ligeiramente acima da média e alguns furos abaixo do que a vocalista britânica já conseguiu.

Tracklist:
1.      No Paragon Of Virtue
2.      The World Won’t Hold Your hand
3.      A Matter Of Convenience
4.      Silence Please
5.      Pretty With Effects
6.      Zombie
7.      What Lies Before You
8.      Sirens
9.      The Eyes That Lie
10.  The Corruption Of mercy

Line-up:
Dan Abela - guitarras
Jamie Abela - bateria
Gian Pyres - guitarras
Ablaz - baixo
Sarah Jezebel Deva - vocais
Pzy-Clone – programações; orquestrações

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