Formado em
2010, o trio aveirense The Underdogs – composto por Victor Hugo (guitarra e
voz), Mano (baixo) e João Veludo (bateria) -, pratica um blues-rock que bebe as suas influências no eixo que vai de
Nashville ao Delta do Mississippi e as funde com o rock tradicional, com um toque genuíno e muito próprio, que resulta
num som envolvente e eletrizante a que ninguém fica indiferente. Blame It All On Jazz é a nova e espectacular proposta do colectivo que se juntou
para, de uma forma extremamente direta e pragmática, responder às nossas questões.
Olá! Obrigado
pela vossa disponibilidade. Antes de mais deixem-me dar-vos os parabéns pela
excelência do vosso álbum. Mas, quem são os The Underdogs?
São um power trio de rock/blues,
com uma estética fundada nos anos 60 e 70 com o objetivo máximo de fazer música
e de se divertir em tocá-la e partilhá-la com todos.
O que vos
motivou a erguerem um projeto como este?
A junção de três pessoas com os
mesmos gostos e mesmos objetivos musicais.
Quais são as
vossas principais influências?
Toda a música que ouvimos, mas, acima
de tudo, o bom gosto das rádios portuguesas.
Formados em
2010, têm portanto, apenas 4 anos e já contam com um EP e dois álbuns. Como se
consegue isso num país como Portugal a tocar um tipo de rock muito pouco habitual por cá?
Com a ajuda incessante (por vezes até
desconfortável) de todas as instituições e promotores da música nacional.
Incansáveis! Sem nunca esquecer, claro, as nossas familias e amigos.
De que forma
o facto de terem integrado a coletânea Novos
Talentos FNAC vos ajudou a esse crescimento?
Sinceramente, de alguma forma terá
ajudado mas, não começámos a comer caviar às refeições… A vida continua dura.
Blame It All On Jazz é, então, o vosso segundo álbum. Para quem só agora tomou
contacto com os The Underdogs, como o descreveriam?
É um álbum mais complexo, completo e
maduro, mas que mantem a estética geral até agora assumida pela banda. Não
esquecendo, visto ser importante, a rotação do CD no sentido dos ponteiros do
relógio e a reflexão de um lazer cor-de-rosa com um cumprimento de onda 400 NM.
Quem é o
responsável pelo trabalho de teclas no disco?
Artur Trincheiras
Sendo que os
teclados se revelam determinantes em alguns temas, não ponderam a hipótese de
adquirir um teclista a tempo inteiro?
Será sempre uma hipótese, mas não
estamos preocupados com isso agora.
De que forma Blame It On Jazz se aproxima ou afasta
dos vossos trabalhos anteriores, nomeadamente do primeiro álbum Songs For The Few?
É uma continuação e um cimentar de
toda a nossa estética.
As excelentes
críticas que receberam pelos trabalhos anteriores de alguma forma criaram algum
tipo de pressão ou não?
Não.
A
apresentação do álbum decorreu no Teatro Aveirense há poucos dias. Como
decorreu?
Muito bem. Infelizmente, tivemos conhecimento
que muita gente não deu com o teatro a tempo, por isso, desde já, pedimos
desculpa por termos escolhido um sítio pouco conhecido.
Podem
descrever o processo de gravação e de composição? Mudaram alguma coisa em relação
aos desempenhos anteriores ou não?
O processo de gravação foi idêntico
aos anteriores. Gravamos as bases live
e depois as vozes, teclados e afins.
White Nights e School Of Fools são, para já, os dois
vídeos disponíveis. Porque estas escolhas? Há planos para mais algum?
Não são realmente vídeos, a ideia
essencial é lançar as músicas à medida que os concertos vão acontecendo.
Relativamente às duas músicas, o critério utilizado foi apenas estético.
Ainda sentem
que praticam e/ou executam música para poucos?
Apesar de todas as salas esgotadas, continuamos
a achar que somos poucos.
Projetos para
os tempos mais próximos? O que têm em vista?
O que interessa, continuar a fazer
música.
Obrigado.
Querem acrescentar mais alguma coisa para os nossos leitores ou para os vossos
fãs?
Como sempre, não deixem de aparecer
aos nossos concertos para partilhar connosco a nossa música. Muito obrigado por
todo o apoio.
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