Review: Super Fat Bitch (The Ramble Riders)

Super Fat Bitch (The Ramble Riders)
(2015, Independente)
(5.5/6)

Ricardo Marques e os seus The Ramble Riders já tinham deixado boas indicações com o EP Mexican Ride de que ali para os lados do Porto estava em germinação um interessante projeto no espectro do hard rock. A confirmação não demorou muito a surgir e acontece com o longa duração de estreia Super Fat Bitch, um disco na linha descendência direta de Allman Bros. ou Led Zeppelin com uma áurea blues sempre muito presente. Times Are Gonna Change, num registo bem sujo, cheio de groove, com as guitarras muito orientadas para monstruosos riffs e até com algum stoner/doom dá o mote para o resto dos temas que permitirão uma agradável viagem poeirenta e ritmada (Super Fat Bitch), com a companhia de boas malhas hard rock (Money Stench), com inclusões de algum experimentalismo e psicadelismo (Feel Alive) e até algo que se pode considerar como estruturas prog (Dizzy) para terminar numa bluesy Long Journey. A meio, uma paragem para abastecer com o curto interlúdio The Hangover. O que se percebe é uma evolução notória com o coletivo mais coeso e a dedicar mais atenção a cada detalhe. E sendo certo que, numa primeira audição, os temas podem parecer menos apelativos do que anteriormente apresentado, isso é porque há mais trabalho escondido que se vai revelando a cada passagem. E isso é outra das marcas de maturidade que cada vez mais vai toldando este projeto nortenho, porque, indubitavelmente, os The Ramble Riders estão no bom caminho.

Tracklist:
1.      Times Are Gonna Change
2.      Super Fat Bitch
3.      Money Stench
4.      Dizzy
5.      The Hangover
6.      Feel Alive
7.      Your Prayer
8.      Runaway
9.      Long Journey

Line-up:
Hugo Sousa - vocais
Ricardo Marques - guitarras
Nuno Franqueira – vocais e guitarras
Vasco Pereira – baixo
João Melo - bateria

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