Review: Rises (Tytus)

Rises (Tytus)
(2016, Sliptrick Records)
(5.6/6)

Ora imaginem lá se os Iron Maiden começassem a tocar trash metal à lá Metallica? Por mais estranho que possa parecer a verdade é que existe quem faça isso… e muito bem feito. Falamos dos Tytus. A banda italiana estreia-se com Rises, um disco poderoso, onde se destacam várias coisas: um baixo proeminente e fundamental na coesão musical do coletivo; uma bateria sensacional, muito presente, precisa, técnica e demolidora, quando tem que o ser; e uma dupla de guitarristas que se entendem na perfeição, daí que o conceito de twin guitars seja aqui levado ao extremo do bom gosto e da qualidade técnica. Musicalmente, cruzam-se riffs claramente thrash metal da linha Metallica/Megadeth com cavalgadas épicas e linhas melódicas vindas diretamente dos Iron Maiden. E o resultado é surpreendente, num conjunto de temas em que o que pode ser esperado é sempre inesperado pela sequência de mudanças rítmicas e alterações estruturais. E não se deixem enganar pela introdução algo fracota, porque o thrash de New Frontier ou o NWOBHM de Hauted e 325 A. D., vêm logo a seguir restabelecer a situação, mesmo que os melhores temas acabem por surgir do meio do disco do meio para o fim. Um fim, verdadeiramente surpreendente, com um tema completamente atípico: Blues On The Verge Of Apocalypse é completamente inesperado pela sua abordagem atmosférica e space rock de uma guitarra acústica e órgão anos 60. Mas é apenas mais uma das muitas provas que os Tytus dão em Rises da sua capacidade criativa e inovadora.   

Tracklist:
1.      Ode To The Mighty Sun
2.      New Frontier
3.      Haunted
4.      325 A. D.
5.      White Lines
6.      Omnia Sunt Communia
7.      Inland View
8.      Desperate Heroes
9.      New Dawn’s Eve
10.  Blues On The Verge Of Apocalypse

Line-up:
Ilija Riffmeister – vocais e guitarras
Mark Simon Hell – guitarras
Markey Moon – baixo
Frank Bardy – bateria

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Edição: Sliptrick Records    

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